São aquelas histórias que fazem parte do folclore brasileiro.
Elas são contadas em reuniões,
geralmente pelos mais velhos, para divertir ou informar.
Outras até fazem dessa atividade uma profissão como é o caso
de vários artistas como Rolando Boldrin, Geraldinho, Nerso da Capitinga e
outros.
Boneca assassina
Um belo dia pela manhã, uma garotinha que se chamava Mariana
estava muito contente, pois ia ganhar a boneca da Luzi. Os pais dela foram até
a loja e compraram a boneca tão desejada por Mariana. Ao chegar da escola,
Mariana ficou muito feliz e “babando” a boneca gigante.
Depois de duas noites, coisas estranhas estavam acontecendo.
Vultos, vozes, risadas e muitas brigas entre o casal. Agora, a menina andava
quieta, pálida, estranha e mudava de lugar a toda hora demonstrando muita
raiva.
Acreditava-se que Luzi, a boneca, matou o cachorro e a
vizinha da casa ao lado, mas ninguém viu. A polícia achou tudo muito estranho,
pois não havia pistas e nem testemunhos.
O pai de Mariana foi assassinado com facadas e depois atirado
da janela. A mãe foi enforcada na cabeceira da cama, com as mãos e pés
amarrados.
E ficava a dúvida: Mariana estava fazendo o quê enquanto a
boneca agia? Dormindo então? Claro que não. Ela estava o tempo
todo acordada, porque ela foi quem matou sua própria família e sua vizinha. E a
boneca só era uma ilusão.
Quando tudo foi descoberto, a menina foi para a clínica de
loucos e lá morreu queimada.
Luziana de
Araújo e Maria Aparecida do Espírito Santo Gomes - EJA IV