Este blog foi criado com o objetivo de expor os textos produzidos pelos alunos da 5ª série(6º ano) da Escola Núbia Maria Mangabeira Guerra durante as aulas de Língua Portuguesa. Porém, com o passar dos anos, ele foi ampliado para postagens dos alunos do EJA III e IV, 7º , 8º e 9ºano . Com a divulgação destes textos proporcionaremos maior funcionalidade às produções e maior interatividade entre os alunos e entre professores e alunos.



Fique a vontade para comentar!!!!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Causos populares



São aquelas histórias que fazem parte do folclore brasileiro. Elas  são contadas em reuniões, geralmente pelos mais velhos, para divertir ou informar.
Outras até fazem dessa atividade uma profissão como é o caso de vários artistas como Rolando Boldrin, Geraldinho, Nerso da Capitinga e outros.

 
Boneca assassina



Um belo dia pela manhã, uma garotinha que se chamava Mariana estava muito contente, pois ia ganhar a boneca da Luzi. Os pais dela foram até a loja e compraram a boneca tão desejada por Mariana. Ao chegar da escola, Mariana ficou muito feliz e “babando” a boneca gigante.
Depois de duas noites, coisas estranhas estavam acontecendo. Vultos, vozes, risadas e muitas brigas entre o casal. Agora, a menina andava quieta, pálida, estranha e mudava de lugar a toda hora demonstrando muita raiva.
Acreditava-se que Luzi, a boneca, matou o cachorro e a vizinha da casa ao lado, mas ninguém viu. A polícia achou tudo muito estranho, pois não havia pistas e nem testemunhos.
O pai de Mariana foi assassinado com facadas e depois atirado da janela. A mãe foi enforcada na cabeceira da cama, com as mãos e pés amarrados.
E ficava a dúvida: Mariana estava fazendo o quê enquanto a boneca agia? Dormindo então? Claro que não. Ela estava o tempo todo acordada, porque ela foi quem matou sua própria família e sua vizinha. E a boneca só era uma ilusão.
Quando tudo foi descoberto, a menina foi para a clínica de loucos e lá morreu queimada.

Luziana de Araújo e Maria Aparecida do Espírito Santo Gomes - EJA IV

Causo 2: O menino que virou lobisomem



                        Certo dia no sertão, moravam um homem e uma mulher que tiveram um filho chamado Matheus.
Toda manhã, o pai saia para trabalhar, a mãe cuidava da comida e o filho tinha o tarefa de levar a comida para o pai. Mas tinha um problema, o menino era danado e perigoso, pois mentia muito. Ele falava para mãe que iria levar a comida para o pai e voltava logo.
Na verdade, quando chegava no meio do caminho, ele parava abria a marmita e comia toda carne que a mãe mandava para o pai. Quando chegava na roça, onde o pai trabalhava, ele entregava a comida para o pai que sempre perguntava:
- Meu filho, mas cadê a carne? Aqui só tem ossos!
Então o filho olhava para o pai com uma cara de tristeza e falava:
- Meu pai, minha mãe tem um amante e comeu a carne toda com ele, colocando só os ossos pra o senhor. E sabe de uma? Eles já fizeram uma cabana no quintal para namorar enquanto o senhor está aqui.
Mas o pai não ligou e o menino dando uma de esperto correu até sua casa e fez uma cabana no quintal.
Passou um dia e chegou o outro, e aconteceu a mesma coisa. O pai do menino ficou furioso, pegou uma faca, colocou no bolso e foi para casa. Chegando lá, foi diretamente no quintal e viu a cabana que o filho falou.
Sem pensar em nada, foi até a sala onde estava sua mulher e começou a furá-la com a faca e ela lhe perguntou por que ele estava fazendo aquilo com ela e ele a contou.
Antes de morrer, a mãe disse: - Eu quero que Matheus vire um lobisomem e que só comerá porco e bebê que não é batizado.
Ela morreu, o marido a enterrou e foi a procura do filho, mas não o achou. Ele já tinha virado lobo e sumido.
Com o passar do tempo, o menino Matheus cresceu e virou um homem, só que morando em um outro lugar onde tinha amigos e uma comadre.
Um dia em que ele tinha virado lobisomem, descobriu que a comadre tinha um bebê e resolveu comê-lo, quando a comadre saiu para pegar água e deixou o bebê dormindo.
Ele pegou o bebê e quase o comeu, só não comeu, porque descobriu que o pequeno já era batizado. Então o largou na areia quente e foi embora.
 No meio do caminho, encontrou a comadre e disse:
 - Comadre corre, pois se você não chegar a tempo seu filho vai morrer. Eu o peguei para comer, mas como ele era batizado o larguei na areia quente.

Davi  Santos e Jaqueline Santos - EJA IV        

Causo 3: Chupa cabra



Era uma vez, um homem que fez “amor” com uma cabra e nasceu um chupa cabra.
No parto, a mãe acabou morrendo e o pai acabou o levando para casa.
Ele era um homem normal, mas depois daquele dia a sua vida acabou. O seu filho também era normal, mas em noite de lua cheia virava um chupa cabra, ficava assustando as mulheres e pegando-as para levar para uma casa velha e lá judiá-las.
Quando amanhecia, o chupa cabra se escondia até chegar a noite de lua cheia.
Mas um dia, ele saiu atrás de mulheres, só que tinham vários homens escondidos esperando ele atacar. Quando ele entrou em ação, os caçadores saíram todos armados com armas e facões e atacaram o chupa cabra. Deram vários tiros nele, mas não conseguiram o matar, porque  só quem consegue matá-lo são as próprias mulheres que ele já atacou, golpeando-o com várias pancadas na cabeça.
 

Gleidson Souza e Daniel Santos Silva - EJA IV